Pririririii...
Eis que o guarda apita e todos avançam.
Liberação geral
Um carro atropelou o Bom-Senso
E outro cortou a frente,
Cortando a vida de alguém...

Regras... que regras? Já não existem mais!
Mimetismo, pedofilia, corrupção e drogas!
O carro fúnebre desfila no alvoroço do carnaval.
Acordem os bordeis
Soltem seus desejos, dancem
dancem ao som de tambores
O Livre Arbítrio está no poder!

A Fome passa de casa em casa,
O Amor fez as malas e o Bem se acovardou
Ruas infestadas de jovens alienados
Mucamos do copo, seringa e tabaco.

O caldeirão social ferve a água
De uma ceia sangrenta
De sacrifícios inúteis, idolatria e magia
Eta povinho medíocre... !

Mas a Esperança fica grávida da Luz
Entre o joio nasce o trigo, flor da espécie
Estrelas guerreiras descem na Terra,
deuses imaginários são postos à prova
e a prostituta das romarias é convidada a dançar

O coração vomita o fel das entranhas,
outrora bem escondido pela meiguice da aparência.
Onde estão os justos, os diamantes raros?
Se corromperam!

A Verdade a todos desnuda.
Ai dos que tatuaram o peito, no frenesi da excitação!
Uma larva má daí saiu
Pela boca de adoradores se constituiu.
Império de fracos!
Ai dos que entregam botões de rosas
e na calada da noite proliferam pesticida!

Ensinados todos foram
bocas e obras foram deixadas
Muitos terão que partir

Inclusive... nós... eu... e você!